Tá morta, só esqueceu de enterrar!

Dia desses, conversando com um conhecido com quem não falava desde tempos de barrigão, contava as aventuras da minha vida de mãe. Ele imaginou que eu estivesse casada - pois me viu com três meses com o pai do Enzo e o carinho com a barriga naquela época- e lá fui eu tentar resumir as voltas que esse mundo deu desde que Enzo estava protegido dentro de mim.Não sei se fui eu que contei ou ele que perguntou, mas no papo comentei que não bebia mais, que não ia mais para baladas e etc... E brincando falei que não transava também (mas isso é óbvio né? Uma vez que me dedico integralmente ao meu filho e não achei minha perereca no lixo ~~ apagar, estamos em um blog familiar rs). Então escutei a frase que dá nome a esse post: "Tá morta, só esqueceu de enterrar". E parei pra pensar. Pensei e me dei o direito de dividir aqui com vocês.

(A pessoa com quem conversei não tem filhos e isso foi base para todos os pensamentos que vou colocar aqui).

O ser em questão nunca sentiu a alegria de olhar pela primeira vez um pedacinho seu todo sujo de sangue ainda e viver o momento mais inesquecível de sua vida. Sendo homem, não teve a honra de amamentar. Sequer desfrutou desse momento exclusivo entre a mãe e o bebê. Não sabe como um sorriso de neném pode "curar" dias estressantes no trabalho. Não entenderia a emoção de escutar pela primeira vez "mamãe". E não entendendo isso, acharia ridículo uma conversa com "voz de bebê" com essas criaturinhas. Não imagina a emoção de ajudar nos primeiros passos. E com certeza não sabe a felicidade que é estar a brincar com seu filho, já quase sem fôlego - meu bebê é ligado mesmo no #220, não é onda não, e do nada receber um abraço e um beijo babado. Pára tudo. Pára o mundo. Eu quero ficar assim pra sempre!

Eu poderia escrever muito mais aqui, mas propositalmente escolhi falar de coisas simples, pq nunca na minha vida a simplicidade foi tão gostosa e tão importante. E acho que só paramos pra reparar nela depois que somos pais. Os bebês ainda não podem fazer grandes coisas, mas as "pequenas" coisas que fazem são capazes de nos deixar babando por horas! Diz pra mim, alguma gargalhada se compara com a do seu filho? Alguma crise de riso foi capaz de te deixar absurdamente feliz?

 D-U-V-I-D-O!

Pra essa pessoa (e não, não estou chateada e nem brigando, apenas refletindo mesmo) eu só queria poder dizer: Não, não estou morta não, pelo contrário, NUCA ESTIVE TÃO VIVA!

Será que ela entenderia?