sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O pintinho

     
     Antes de seguir para o trabalho Enzo e Eu temos uma rotina. Não abro mão de dar os remédios e de dar o banho e arrumar o meu pimpolho para o dia que se inicia.
     Na hora do banho matinal (que ainda é tomado na banheira que agora fica no chão de box) é normal que ele faça o pipi dele. E muitas vezes nessa hora a banheira já está cheia. Como quando isso ocorre ele tá de pé, ele acha interessante demais o barulho do pipi batendo na água. Olha pra baixo no maior interesse. E olha pro pintinho (descobrindo que aquela é a fábrica do xixi). Quando tudo finalmente termina (é um pipi gente e não um filme com 2h de duração rs) o interessante é ver ele "sacudindo" o bingulino pra ver se sai mais ou então balançando o tronco pra frente e pra trás na mesma tentativa.
     Realiza a cena!?
     Enquanto ele se descobre a mamãe se diverte.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

TOC + filhos


Numa noite dessas, conversando com a galera do tuí, resolvi desabafar: 
"Tenho TOC com a rotina do meu filho. E você?"
Pra minha surpresa muitas twitmães foram solidárias e confessaram ter TOC também.
Pausa
"O chamado Transtorno Obsessivo-Compulsivo ("TOC") (na literatura em inglês Obsessive-Compulsive Disorder – "OCD") é uma doença em que o indivíduo apresenta obsessões ecompulsões, ou seja, sofre de idéias e/ou comportamentos que podem parecer absurdas ou ridículas para a própria pessoa e para os outros e mesmo assim são incontroláveis, repetitivas e persistentes. "
Despausa
O objetivo aqui não é fazer uma abordagem séria ou propor soluções para o problema.
É apenas se divertir, afinal, de louco todo mundo tem um pouco não é?
Por isso, resolvi compartilhar com vocês as minhas manias (ou obsessões como queira chamar):
-Quando a chupeta do Enzo está com o desenho "de cabeça pra baixo" eu não hesito em tirar da boca do guri e "consertar" (aprendi com a tia @flavinhajlpm que chupeta com o desenho "errado" é feio)
-Surto ao chegar em casa e ver meu filho com uma roupa nada combinando com nada
-Morro ao ver qualquer pessoa que se ofereça a trocar a fralda do Enzo colocar a mesma "toda torta"
-E pra passar a pomada tem todo um PAP: 1 - bumbum, 2 - dobrinhas, cantinhos, 3 - saquinho e 4 - onde não tiver pomada (sim, eu "pinto" meu filho todinho, morro de medo de assadura)
-Na hora da papinha, se o bebê se lambuza todo, a minha vontade é interromper tudo, dar um banho e só depois continuar o papá
- O cabelo do Enzo tem um lado certinho pra pentear, se vejo alguém penteando pra outro lado choro
- Sofro quando não estou em casa e a rotina do meu filho sofre pequenas alterações (me sinto a maior mãe de merda do mundo)
Vou citar um exemplo, só pra vocês entenderem o quanto "sair da rotina" me estressa
Fulano chega aqui em casa. Hora do jantar do pequeno. Coloco a cadeirinha de alimentação na sala. Coloco o Enzo (berrando até provar o conteúdo pela 1ª vez, manha pura) nela. Começo a peregrinação. Fulano todo irritantemente bem intencionado pega o Enzo da cadeirinha e coloca no colo pra ajudar no processo. Dou a comida com o Enzo em pé, sentado, no colo, agachado, andando (nesse momento eu já uso uma máscara de simpatia, pq minha vontade é pedir pra que o fulano se retire) e o processo que demoraria uns 30 min se arrasta por longa 1 hora.
Fica aqui o apelo, por favor, RESPEITE O MEU TOC!
E você, também tem esse tipo de loucura?
Conta aqui antes que a @bruxaOD te interne (ela ameaçou! #medo)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O desmame

Com 11 meses

Venho de uma família em que amamentação não é muito o forte.
Conta a minha mãe que me colocava para mamar e eu simplesmente "rejeitava" o peito, não queria (como eu não lembro, não vou poder dizer a vocês até que ponto isso é verdade, vamos acreditar na minha mãe).E minha vó diz que minhas tias até amamentaram, mas não por muito tempo.
Quando Enzo estava prestes a completar 1 ano, aqueles palpites (que poderiam muito bem ser convertidos em fraldas. Grata) se tornaram quase como um eco.
"Ele ainda mama?" (Não, ele tá brincando, não tá vendo?)
"Quantos anos ele tem?" (Esse é aquele que tem uma mensagem ímplicita, eu sei, do tipo: tá muito grande, vai mamar até os 3 anos?)
"Você ainda tem leite?" (Agora vocês vão me desculpar, sei que o blog é familiar, mas eu fico tentada a responder que o que sai do meu peito é esperma, pq o leite acabou)
Lamento informar, mas se Enzo quisesse mamar até os 5 anos eu deixaria!
O que aconteceu foi que os dentinhos nasceram. E ele resolveu testar a intensidade de suas mordidas no meu bico!
Uiiii! (Blog familiar, eu não posso escrever cac***!)
Ele se assustava. Nos acalmávamos e ele continuava a mamar até que... (repete tudo outra vez, dor aguda, palavrão, bebê assustado).
E quando acontecia no meio da noite?
Enzo dorme comigo, já contei isso aqui, então ele mesmo se chegava, caçava os peitos e mamava. Dependendo do cansaço, eu nem acordava. Mas quando ele me mordia... (nessas ocasiões acrescente susto ao processo que descrevi ali em cima).
Ficamos assim por duas semanas, até que ele mesmo largou... Não procurou mais.
Senti a proximidade do desmame e passei a oferecer o peito mais vezes, fechava os olhos e esperava uma mordida a qualquer momento (e ela vinha), não gritava (tá eu soltava um gemido abafado, mas não gritava mais) e prolongava aquele momento o tanto que eu podia.
Mas não teve jeito. Fim do ciclo.
Ele continua sendo apaixonado pelos peitos: dorme com a mãozinha neles, quando tomamos banho ele belisca, se troco de roupa ele vem dizer um oi... só não quer mais mamar!
Foi natural... Ele decidiu, eu respeitei!
Amamentei por 1 ano e tenho orgulho desse tempo - não estou competindo com ninguém além de mim mesma, pq passei por fases que poderiam ter dado espaço para o desmame, como por exemplo a volta ao trabalho.
Acho a amamentação importante mas acolho com carinho e respeito quem NÃO PÔDE amamentar.
Já sinto saudades (mais que ele, com certeza), não importa o quanto tenha doído no príncipio, não importa quantas mordidas eu tenha levado... Se Enzo um dia tiver um(a) irmã(o), estarei disposta a fazer tudo novamente.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Relembrando - antes de falar do desmame...

Mamando no batizado

Ninguém me falou nada sobre amamentação. E eu não procurei saber.
Imaginava aquele contato maior entre mãe e filho um momento bonito. Não que não seja. De fato, é.
No quarto na maternidade, esperava meu bebê e sabia que sua primeira mamada estava próxima. Confesso, estava ansiosa.
Logo ele chegou e a enfermeira o colocou no peito, me explicando que ao mamar ele estaria estimulando a chegada do leite. Ótimo, isso eu sabia. Me dê logo o meu bebê e vamos parar com essa aulinha.
Há, mãe novata! Aulas e mais aulas era o que você receberia em seguida.
Ainda estava deitada e não tinha tido a coragem de reclinar muito a cama do hospital. A enfermeira deu um jeito naquela camisola ridícula de operação (mas eu não tava nem aí para a falta de beleza dos trajes naquele momento, eu tava mesmo arrasada, tinha acabado de parir. Dane-se!) e colocou meu RN ali, no meu peito (sem bico, diga-se de passagem). Tão pequenino e tão voraz, mas bem irritadinho, como a mãe. Sugava mas logo se cansava, não saía nada... e ele se zangava. A ausência de bico só piorava as coisas. Não, aquilo não tava sendo nada bonito e lembrava pouco o que eu havia sonhado.
Falei das aulas né? Então, logo todo mundo se aproximou e veio dar sua pequena colaboração baseada em experiência própria, é óbvio! (avó paterna, tias, primas... ufa!) Não sou o tipo de de pessoa insistente. Se exige muito esforço eu logo me canso. Mas estamos falando do meu filho! Passei o primeiro dia tentando amamentar e frustrada com o choro do meu bebê. Ele estava com fome!
No final da noite, quando meu pai veio novamente ver seu primeiro neto, reparou que eu só tava oferecendo um seio (o que menos doía é claro). E exigiu que eu oferecesse o outro, mesmo doendo. E como doía!
Final das contas, cheguei em casa com o Enzo e um peito com bico semi destruído e sangrando. A hora da amamentação se tornou um pesadelo! Mais ou menos de duas em duas horas ele berrava de fome. E nesse período eu me sentia caminhando pra forca (morrer deveria doer menos).
Recorri a bomba (largada numa caixinha de mil e uma coisas que eu achei que precisaria, mas esquecida! Aquela caixa tinha de tudo um pouco, era tanta coisa, que muitas vezes eu nem sabia o que havia lá). Comecei a tirar o leite (que já havia chegado) e estocar e oferecia na mamadeira (recebendo críticas das defensoras dos copinhos de transição em 3,2,1...) e passava uma bisnaga de Lanidrat (pomadinha cara, mas milagrosa) em cada bico.
Em pouco tempo meu filho não mamava mais uma mistura de sangue com leite. E chegamos, nessa altura, ao quadro lindo que eu havia imaginado (com a diferença que Enzo ficava com a boquinha toda engordurada da pomada - não é necessário remover para amamentar). Fiquei dependente de Lanidrat até os 2 meses (talvez até o 3ºmês). A dependência era tanta que uma vez esqueci a pomada na casa do meu pai e quase morri quando descobri que passaria uma noite sem ela. Óbvio que no outro dia fiz alguém levar ela até a minha casa (não me lembro quem foi a boa alma).
Sei que pode acontecer com muitos bebês, mas Enzo tomou seu leitinho materno na mamadeira por algumas vezes (quando eu tinha que sair e deixá-lo com a minha mãe). E não largou o peito ou ficou com preguiça por causa disso. Voltei a trabalhar quando ele tinha 5 meses e lá ficava ele com a mamadeira. Sofri pensando que ia desmamar. Que nada, ele de fato amava seus (meus) peitinhos!
Vou decepcionar vocês se falar que não amameitei exclusivamente por 6 meses? Não amamentei! Comecei a adaptação dele um mês antes de voltar ao trabalho. E a substituição das mamadas só me fez valorizar ainda mais o vínculo forte que existia no momento em que ele sugava e me olhava de uma forma tão amorosa que não lembro de ter sido olhada assim antes de ser mãe.
Impossível falar do desmame sem falar da amamentação. Próximo post? Muito mimimi! Me aturem?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

E o verão virou virose


Sumida por causa do verão.
Não que eu esteja curtindo sol e mar.
Muito menos uma piscina.
To falando do verão do post anterior mesmo =/
Enzo em vez de melhorar...
Além dos vômitos o tal verão agora deve ser responsável pela febre.
(vontade master de mandar aquela médica queimar o diploma dela - isso sendo bem educada já que a vontade é outra rs)
Levei ele na pediatra e saí de lá com uma receita enorme. (das duas uma: ou esse tanto de remédio vai "dorgar" o meu filho e dá a falsa impressão que ele tá melhorando - xô pessimismo, agora não! -, ou ele vai realmente melhorar - amém!)
O fato é que estou sumida dos blogs amigos por conta disso. Estou totalmente voltada pro pequeno (que tá dengoso num grau máximo). Vou tentando me atualizar aos poucos.
Ah e só pra terminar a saga "Genialidade Médica" o novo diagnóstico do Enzo é: VIROSE!
To indo ali comprar o meu diploma também! (vem gente!)
Tá, tá... parei de reclamar.
Pelo menos virose é mais aceitável que verão. 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ah o verão!...


 
Depois de uma audiência, lá fomos nós para o médico (porque desgraça pouca é bobagem!).
Enzo tinha começado a fazer vômito pela manhã, mas tomou sua vitamina e almoçou sem vomitar.
Quando eu voltei, foram duas tentativas de colocar algo no estômago dele e duas recusas (e a casa toda cheirando a vômito. Ah, a coitada da madrinha dele também).
Dispensei o shopping com as meninas e levei o bebê pra emergência.
Chegando lá haviam 4 crianças na frente do Enzo (mas eu acho que elas não foram ali pra consultar e sim pra falar com detalhes cada dia de suas vidas e imagino que todas deviam ter mais de 3 anos de idade... Só isso mesmo para justificar um tempo tão longo de espera)
Pausa
Você já teve a impressão de que aguarda uma eternidade para ser atendido, e quando é, a consulta parece ter demorado 10 segundos no máximo? Isso sempre acontece comigo!
Despausa
Enzo é chamado. Chego e explico que ele só vomita (não tem febre e nem diarréia mas nada para em seu mini estômago). Ela examina e encaminha para a enfermaria. Digesan injetável (Bromoprida - em algum momento meus conhecimentos farmacêuticos tinham que figurar por aqui). Ele fica de observação por 1 hora sem comer ou tomar líquidos. O tempo passa e voltamos para o consultório.
"Dra, pode ser garganta?" - pergunto. 
Ela examina. Não, não é a garganta.
FIM.
Nem uma receita?
Nada!
Tanta espera pra isso?
Arrisco.
"Dra, o que ele tem?"
Diagnóstico:
Verão.
Ham?
É é isso aí mesmo.
VERÃO! 
Não vc não leu virose!

 
(Meu filho não é de ficar resfriado no inverno. Nada de nariz com meleca, criança abatidinha... Descobri que ele é do contra, ele sofre no maldito verão).
 

domingo, 9 de janeiro de 2011

A festa - NÓS!

     Vamos finalizar? 
    Eu disse que não teria muitas fotos né? Mas o niver é um caso a parte, vocês acompanharam então me permito dividir.
     Não preciso me demorar por aqui e falar muito. Uma palavra irá resumir tudo e muito bem resumido: FELICIDADE!
     Espero, meu filho, que todos os anos de sua vida sejam como esse primeiro, repleto de descobertas, com essa sua felicidade que é como vírus e vai "fazendo vítima" quem estiver por perto. Que Deus te abençoe e te brinde com muita saúde. Mamãe, teus avós, teus bisavós, teu dindinhos, teu amiguinhos...todos nós TE AMAMOS!
Dindinhos
Bisavós
Tia Jo e tio Davi
ELES!
Cumplicidade, carinho...
Vovó
Máfia

Junto e misturado
Tudo por ele e pra ele SEMPRE!
FIM

sábado, 8 de janeiro de 2011

A festa - os convidados!

     É óbvio que teve mais gente. E também é óbvio que estou a um passo de ser terrivelmente mal educada... Mas não dá para colocar aqui simplesmente 300 fotos. Então optei por colocar quem meu coração manda. E imagina como é coração de mãe né? Quem quer bem a meu filho... você sabe!
     Aqui: OS ESPECIAIS!
Do tempo de escola

Amigos: presente de Deus

Minha Dinda

Prima

Tia Célia e Tio Ita - São como vovôs para o Enzo

Amiguinhos do Enzo - turma do Tui

A melhor amiga!

Família da Serra
Sei que vai ter gente se doendo, mas calma que tem mais post tá?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A festa - em detalhes!

     O post de hoje trará imagens de um dia único e especial. As lentes da Márcia e do Dudu registraram detalhes da festa e eu gostaria de dividir aqui com vocês, que me leram falando inúmeras vezes do 1º aninho do Enzo.
      Vamos lá?
O CIRCO

Bolo

O espaço

Centro de mesa


Lembrancinhas

Prontas para serem entregues
E então curtiram? Calma que tem mais! (em breve, em um próximo post)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Participação especial - KIRA

Meu nome é Isabela, mas as pessoas geralmente me conhecem por Kira, tenho 20 anos,  sou mãe da Beatriz de 1 ano e quase 1 mês. E escrevo no Blog Para Beatriz.
Vim aqui falar um pouco da minha história, e da minha experiência mais louca, ser mãe.

A minha experiência de mãe, na real começou quando eu tinha 11 anos. Pelo fato de eu perder a minha mãe. Digamos que foi um pouco traumático isso, mais do que seria o normal, minha mãe faleceu comigo sozinha em casa, foi eu quem fiz os primeiros socorros, chamei ajuda, e todas essas coisas. Logo após a minha mãe falecer, meu irmão se casou e trouxe junto com a esposa um bebê para a casa, eu ajudava a cuidar, ela era linda. Meu irmão se mudou e ficou só eu e meu pai na casa, meu pai descobriu que tinha Mal de Parkinson, então ficou eu por volta dos 13 anos, cuidando do meu pai com problemas de saúde. Quando eu tinha 15 anos, meu pai se casou novamente, e mesmo não querendo assumir era a minha oportunidade para ser uma revoltada sem causa. Sai muito, conheci muita gente, e fiz muita merda. Meu pai se divorciou, e ficamos novamente só eu e ele, e a responsabilidade era maior, como o Mal de Parkinson é uma doença degenerativa, piora a cada dia mais. E eu me tornei meio mãe do meu pai. Cuidar, ter a responsabilidade de fazer a comida para ele almoçar/jantar, levar ao médico, brigar por ele ser muito teimoso, essas coisas.
Nunca tive vontade de ser mãe, de pensar no nome dos filhos, fazer planos, a cada namoro ou coisa do gênero pensar em como seria os filhos, fazer planos, nunca. No máximo pensava " Se nada der certo até os 25, eu engravido"
Com quase 18 anos, eu conheci o Robson, na real eu já o conhecia. Ele já tinha um filho, tinhamos contato, mas não frequênte. Decidimos morar juntos, por causa da doença do meu pai, não tinha como eu sair muito essas coisas. Ele veio morar aqui em casa comigo, e depois de um tempo descobri que estava grávida. Já sabíamos, só faltava confirmar. Pelas minhas contas, 3 meses.
Começamos o pré Natal pelo SUS. Demora, demora e demora. Quando fiz o primeiro Ultrassom, descobrimos que não era 3 meses, mas sim 5 meses. Eu tecnicamente desempregada, vivendo de freelancer, ganhando pouco. Por sorte, tive muita ajuda, do meu pai, dos meus amigos, minhas tias, meu irmão. O enxoval foi feito por todas essas pessoas, e ficou do jeito que eu queria.
Durante minha grávidez minha " ficha não caiu" direito, agia como grávida, usava roupas de grávida, frequentava loja de grávidas, tinha todas as crises de grávida. Mas minha vida continuava normal, saiamos para as noitadas, nunca passei mal, minha pressão nunca subiu, ganhei pouco peso, então minha vida não mudou muito com a gravidez. E eu tive uma grande dificuldade na gravidez, que TODO mundo me criticava, eu não conversava com a minha barriga, nunca, nenhuma palavra, nada, não conseguia. Quando chegou mais ou menos nos 8 meses de gestação, a dúvida que rolou forte aqui foi: Como essa criança vai nascer?
Queria um parto normal, não pela beleza, não para fazer um registro lindo no blog, nada disso. Pela facilidade, eu tinha um pai para cuidar, não conseguia me imaginar sem poder ajudar ele por causa de pontos.
Nasci com um problema sério no coração, na época (1990) era raro, operei com o melhor cirurgião de São Paulo, um tipo de cirurgia rara também, fui a única que sobrevivi. E quando fui procurar meu cardiologista aqui em Campinas, tive a noticia de que não poderia ter um parto normal, porque meu coração não aguentaria.
(Uma breve explicação: em uma pessoa normal, uma parte do coração a mais forte bombeia sangue para o corpo todo, e a parte mais fraca bombeia o sangue para o pulmão. Eu nasci com as artérias todas "emboladas" e para voltar ao normal, ou mais perto disso, ficou assim: a parte mais forte do meu coração, bombeia sangue para o meu pulmão, e a mais fraca, para o corpo todo!)
Descartado o parto normal, o que restou foi uma cesárea.
O dia chegou, e foi tudo normal, espera, cesarea, ver aquela bebê gorda. Eu então com 19 anos, pensava como aquilo era surreal, uma parte minha, a minha melhor parte. Eu era mãe.
Os primeiros meses da Beatriz foram difíceis, como de todos os bebês, a falta de costume da mãe, o sono do bebê, as cólicas. Mas o que eu mais ouvi, até hoje, é como tudo parece fácil quando eu falo, escrevo sobre, como tudo parece ser bom. E é.
Eu decidi não ficar remoendo, curtindo as partes ruins de ser mãe, porque existem. Prefiro as boas, as coisas ruins, quando você deita na cama, e dorme, passa. As boas prevalecem, te dão força para continuar.
De todas as experiências que eu tive na minha vida, ser mãe, foi a de longe a mais louca. Eu nunca amei tanto alguém como amo a minha filha. A Beatriz mudou a minha vida, os meus conceitos, minhas prioridades.
Decidi ser uma mãe presente, entendo quem trabalhe fora, afinal cada sabe das suas necessidades. Minha vida não é 100%, não compro tudo que preciso. Mas decidi ficar com minha filha em casa, cuidar, dar banho, papinha, dormir junto. Por mais que eu não possa dar tudo que eu queira dar para ela, comprar todas as roupas lindas que vejo por ai para ela, acho que o meu momento agora, é com ela.
Amamentei exclusivamente até os 6 meses, e até hoje ela só mama no peito, nenhum outro tipo de leite.

Pra mim, isso não vai voltar, não vai ter uma segunda vez, então aproveito ao máximo o AGORA.

     Como de costume, faço um pequeno resumo após a participação. Mas no caso da KIRA eu me recuso.  E ela vai entender o motivo. Talvez ela nem se lembre. Mas eu lembro e vou fazer questão de contar. Assim que criei o twitter para ver qual era dessa modinha, decidi seguir a KIRA. Depois de um tempo, fazendo a limpa, vi que ela não me seguia e decidi dar unfollow. Até que me apaixonei pelo blog da Beatriz. Quando vejo: A KIRA! Aquela pessoa tão misteriosa pra mim (de poucas palavras e até "antipática", pensava eu) era a mãe da gata em questão e que escrevia com tanto amor. Decidi ficar quietinha e comentar no blog. Gostei, ué... Pq não? E então, a pessoa de poucas palavras vem até esse humilde blog e PARTICIPA. E, nessa participação, conta um pouco do que é ser mãe, de uma forma completamente diferente. KIRA, desejo que saiba que desde o momento que li o seu texto te admirei. Me culpei por julgar a primeira impressão. E quero deixar aqui registrado que você ganhou uma fã. Sempre que desejar fazer uso desse blog, sinta-se em casa. Saúde para você, Beatriz e família.
Quer conhecer um pouco mais a KIRA? É só clicar no lay do blog dela aí embaixo!

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