sábado, 22 de janeiro de 2011

Relembrando - antes de falar do desmame...

Mamando no batizado

Ninguém me falou nada sobre amamentação. E eu não procurei saber.
Imaginava aquele contato maior entre mãe e filho um momento bonito. Não que não seja. De fato, é.
No quarto na maternidade, esperava meu bebê e sabia que sua primeira mamada estava próxima. Confesso, estava ansiosa.
Logo ele chegou e a enfermeira o colocou no peito, me explicando que ao mamar ele estaria estimulando a chegada do leite. Ótimo, isso eu sabia. Me dê logo o meu bebê e vamos parar com essa aulinha.
Há, mãe novata! Aulas e mais aulas era o que você receberia em seguida.
Ainda estava deitada e não tinha tido a coragem de reclinar muito a cama do hospital. A enfermeira deu um jeito naquela camisola ridícula de operação (mas eu não tava nem aí para a falta de beleza dos trajes naquele momento, eu tava mesmo arrasada, tinha acabado de parir. Dane-se!) e colocou meu RN ali, no meu peito (sem bico, diga-se de passagem). Tão pequenino e tão voraz, mas bem irritadinho, como a mãe. Sugava mas logo se cansava, não saía nada... e ele se zangava. A ausência de bico só piorava as coisas. Não, aquilo não tava sendo nada bonito e lembrava pouco o que eu havia sonhado.
Falei das aulas né? Então, logo todo mundo se aproximou e veio dar sua pequena colaboração baseada em experiência própria, é óbvio! (avó paterna, tias, primas... ufa!) Não sou o tipo de de pessoa insistente. Se exige muito esforço eu logo me canso. Mas estamos falando do meu filho! Passei o primeiro dia tentando amamentar e frustrada com o choro do meu bebê. Ele estava com fome!
No final da noite, quando meu pai veio novamente ver seu primeiro neto, reparou que eu só tava oferecendo um seio (o que menos doía é claro). E exigiu que eu oferecesse o outro, mesmo doendo. E como doía!
Final das contas, cheguei em casa com o Enzo e um peito com bico semi destruído e sangrando. A hora da amamentação se tornou um pesadelo! Mais ou menos de duas em duas horas ele berrava de fome. E nesse período eu me sentia caminhando pra forca (morrer deveria doer menos).
Recorri a bomba (largada numa caixinha de mil e uma coisas que eu achei que precisaria, mas esquecida! Aquela caixa tinha de tudo um pouco, era tanta coisa, que muitas vezes eu nem sabia o que havia lá). Comecei a tirar o leite (que já havia chegado) e estocar e oferecia na mamadeira (recebendo críticas das defensoras dos copinhos de transição em 3,2,1...) e passava uma bisnaga de Lanidrat (pomadinha cara, mas milagrosa) em cada bico.
Em pouco tempo meu filho não mamava mais uma mistura de sangue com leite. E chegamos, nessa altura, ao quadro lindo que eu havia imaginado (com a diferença que Enzo ficava com a boquinha toda engordurada da pomada - não é necessário remover para amamentar). Fiquei dependente de Lanidrat até os 2 meses (talvez até o 3ºmês). A dependência era tanta que uma vez esqueci a pomada na casa do meu pai e quase morri quando descobri que passaria uma noite sem ela. Óbvio que no outro dia fiz alguém levar ela até a minha casa (não me lembro quem foi a boa alma).
Sei que pode acontecer com muitos bebês, mas Enzo tomou seu leitinho materno na mamadeira por algumas vezes (quando eu tinha que sair e deixá-lo com a minha mãe). E não largou o peito ou ficou com preguiça por causa disso. Voltei a trabalhar quando ele tinha 5 meses e lá ficava ele com a mamadeira. Sofri pensando que ia desmamar. Que nada, ele de fato amava seus (meus) peitinhos!
Vou decepcionar vocês se falar que não amameitei exclusivamente por 6 meses? Não amamentei! Comecei a adaptação dele um mês antes de voltar ao trabalho. E a substituição das mamadas só me fez valorizar ainda mais o vínculo forte que existia no momento em que ele sugava e me olhava de uma forma tão amorosa que não lembro de ter sido olhada assim antes de ser mãe.
Impossível falar do desmame sem falar da amamentação. Próximo post? Muito mimimi! Me aturem?

6 comentários:

Isabela Kanupp disse...

Olha, a Bia usou esse copinho de transição, UMA vez, quando comecei a dar suquinho e mimimi, mas ela não gostava. Então, parti para a mamadeira, ela adora a mamadeira dela e adora meus peitos! hahaha Um não interfere no outro, incrível!

Eu to pensando no desmame da Bia, e adivinha para quem vai ser pior? PRA MIM lógico! ahaha
Sou apegada! *-*

Beijos

Flavia Bernardo disse...

Adorei o lay novo! Ficou lindoooo!!!

E qto ao desmame, aqui foi bem tranquilo. Tb amei amamentar, e fico feliz que ele tenha desmamado por si só, aos 15 meses, sem stress.

bjs no Enzo.
Flavia

Geovana Centeno disse...

oi querida nossa que lindo o teu texto, varias vezes lendo lembrei de mim, quando comecei a amamentar...é bem assim mesmo, doi muito, sangra e não pense que do proximo filho isso muda porque não hehehe, diminui um pouco porque o bico esta formado, mas doi, mas a gente aguenta né, por eles vivemos e morremos...beijocas no Enzo e em vc.

Ah sabe quando eu desmamei o Caio com 3 anos e meio hihihi, e a Mariana, nem sei ainda, quando vai ser, vamos ver...obrigada pelo apoio e carinho.

Geovana Centeno disse...

Ah faltou dizer que amei o lay novo, ficou lindo!

Débora disse...

amiga tem selinho pra vc lá no blog... beijinhos e ótima semana !

Fabiana disse...

Verdade... os bicos ficam muitos sensíveis.
mas depois que a dor passa só fica a emoção do momento eernizado pra sempre.

Bjos.

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