segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

ELE É VASCAÍNO, dá licença?


     Ontem, após chegarmos da festinha linda e impecável do priminho Pedro e de estarmos em família, brincando e conversando, pensei que já tivesse vencido minha cota de momentos legais do dia.
     Chegamos em casa, banho pra refrescar pq aqui no Rio temos um sol para cada pessoa. Deixei ele no banheiro brincando enquanto vestia o manto (leia blusa do VASCO) para assistir o jogo. Quando resgatei o meu guri do seu mar particular e ele me viu com a blusa imediatamente soltou: "Bas mamãe" (Vasco mamãe).      Pronto, ele reconhece a CRUZ DE MALTA, orgulhei-me. Coloquei a fralda e escolhi a roupa dele. Quase chorei quando ele apontou pro armário e pediu de novo "Bas mamãe". Bem reticente peguei a blusa dele e perguntei: "Quer vestir essa filho?". E ele acenou com a cabeça um SIM com um sorriso.
     GENTE PÁRA TUDO. Uma coisa é vc brincar que seu filho é, outra coisa é ELE TE DIZER QUE É. E olha que grande parte dos tios, o padrinho, o avô BG, todos são flamenguistas (argh, urticárias) e tentaram fazer a cabeça do pequeno. Meu coração vascaíno travava com a possibilidade(agora devidamente descartada), iria chorar toda a amamentação e a boa educação em vão (hahaha).
     E assim assistimos ao jogo, juntinhos e devidamente uniformizados. A farra a cada gol é agora aumentada por uma mini voz grossa masculina. Até a vovó, que é botafoguense, saiu do quarto pq não acreditava na cena. São Januário que nos espere com frequência a partir de ontem.
     Liguei a cam e pedi pra ele chegar do ladinho da blusa pra registrar, e a foto é uma das minhas favoritas nesses dois anos, tenham certeza disso.



     Eu sei que hoje é o primeiro dia de aula de muitos babies, existem mães tensa por esse Brasil afora vivendo as delícias e angústias de uma adaptação. E logo logo eu falo sobre isso, mas o post hoje não poderia ser outro. Desculpa aê!

“Enquanto houver um coração infantil, o Vasco será imortal”

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Colo de MÃE.

     

   Quantas vezes eu segurei o filho dos outros antes de ser mãe: toda torta, se eram mais pesadinhos eu perdia a respiração e imaginava como a Sra Mãe conseguia dar conta de tal peso.
     Aí veio você, e logo de início me deu uma barriga que se eu visse outra pessoa carregando tal melancia me perguntaria imediatamente como conseguia se equilibrar. Era tão grande, tão bicuda, tão pra frente (um castelo, dizia seu padrinho) que era impossível não questionar a gravidade. Pra dormir, deitava de ladinho e com a mão te abraçava, era o ensaio do colo.
     Então você nasceu, tão pequeno, tão miúdo, tão frágil... sua cabeça cabia na palma da minha mão. Peso pena, colo fácil.
     Mamou e cresceu, ganhou dobrinhas e peso. No entanto não pesou para mim! O colo ainda era o seu ninho, lugar pra calar teu pranto, dar afagos, amar.
     Hoje você tem dois anos e o colo continua sendo só seu. Tarefa impossível seria segurar o filho alheio nessa idade. Academia ainda seria fichinha. Já vc... ah você continua sendo leve. Já tá grandinho e menos frágil do que quando nos encontramos pela primeira vez, mas mamãe percebeu que o colo se adequa. Coube seu primeiro dia de vida, seus primeiros meses, seu primeiro ano, seu segundo ano... e eu posso ter certeza que caberá todos os anos seguintes.
     Eu sei que você já anda, caminha por aí, ensaia ganhar o mundo e mamãe torce para que vc de fato o conquiste. Mas sei também que você pode ter seus 50 anos, se eu ainda estiver aqui, nesse plano, meu colo ainda terá o seu tamanho, suportará o teu peso e te receberá com o mesmo amor e facilidade da nossa primeira vez.
Related Posts with Thumbnails